Atividade
Larvicida de Extratos Vegetais sobre Aedes aegypti (L.)
(Diptera: Culicidae), em Condições de
Laboratório
ANDRÉ A.M. COELHO1, JOSÉ E. DE
PAULA2 E
LAILA S. ESPÍNDOLA1
1Laboratório
de Farmacognosia, Faculdade de Ciências da Saúde,
Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.
CEP: 70910-900. E-mail: aamcoelho@gmail.com
2Laboratório
de Anatomia Vegetal, Departamento de Botânica, Universidade
de Brasília, Brasília, DF, Brasil. CEP: 70910-900.
Enviado em: 04/VI/2008; Aceito em:
30/XI/2008; Publicado
em: 25/VI/2009
Larvicidal
Activity of Plant Extracts on Aedes
aegypti (L.) (Diptera: Culicidae), under Laboratory
Conditions
ABSTRACT
- Dengue is a virus
bourne
disease, chiefly transmitted by Aedes
aegypti
(L.) (Diptera: Culicidae) mosquitoes.
Vector
control remains as the best prophylactics.
However, some populations have shown significant levels of resistance
to
several pesticides, indicating the need of new insecticides for the
control of
these insects. Insecticidal activity of 67 Cerrado
plant extracts were assayed on third instar
larvae
of A. aegypti, under laboratory
conditions. For the extract application, ten larvae, in triplicate,
were placed
into Petri dish containing 20 ml of solution (500 μ g/ml). The
insects were maintained at 28 ± 5°C, under
70 ± 5% relative humidity and 12h photophase. After 24 h the
number of dead
larvae was counted. The dichloromethane extract of the leaves of Kielmeyera coriacea Mart. (Clusiaceae)
showed
high toxicity against larvae of A.
aegypti with LC50 values of 112.79 µg/ml. These
data
suggest that this extract should be chemically investigated and
monitored
through biological assays in order to determine their insecticidal
components
that could be used as a molecular model or as biorational compounds for
use in
insect control programmes.
KEYWORDS
- dengue mosquito, crude extract, insect control, Kielmeyera coriacea.
RESUMO - A dengue
é uma doença
viral
transmitida, principalmente,
pelo mosquito Aedes
aegypti (L.) (Diptera:
Culicidae). Nenhuma vacina
ainda
foi validada, portanto,
o controle
vetorial ainda
é a melhor
prevenção.
Entretanto, algumas populações já
mostraram resistência a vários inseticidas
utilizados. Por isso,
há necessidade
do desenvolvimento
de novos produtos com
essa atividade.
Avaliou-se a ação
larvicida de 67 extratos
vegetais
sobre larvas do terceiro estádio de A.
aegypti, em
condições de laboratório.
Para cada extrato, dez larvas, em triplicata, foram colocadas em placa
de Petri
contendo 20 ml de solução (500 μg/ml). As larvas
tratadas e o controle
foram mantidos à temperatura
de 28 ± 5°C, umidade relativa de 70 ±
5% e fotoperíodo de 12 horas.
Os resultados
foram registrados após
24h. O extrato
diclorometânico da folha
de Kielmeyera coriacea Mart.
(Clusiaceae) foi
o que
apresentou melhor atividade
na concentração
inicial
testada.
A CL50 desse extrato foi determinada,
sendo igual
a 112.79 µg/ml. Sugere-se que
este extrato seja quimicamente
fracionado e biomonitorado, isolando as substâncias
ativas,
pois podem ser úteis na busca por novos compostos naturais inseticidas, mais seletivos
e biodegradáveis,
sobre larvas
do mosquito A. aegypti.
PALAVRAS-CHAVE
– mosquito
da dengue, extrato bruto,
controle de insetos, Kielmeyera coriacea.
A dengue
é uma doença
infecciosa,
de origem viral,
transmitida para
o homem por meio da picada
de fêmeas
de mosquitos
contaminadas pertencentes ao gênero
Aedes.
O principal vetor é o inseto Aedes
aegypti
(L.) (Diptera: Culicidae), também vetor da febre amarela urbana. Quatro
sorotipos diferentes
foram descritos,
DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, todos
membros
do gênero
Flavivirus, pertencente
à família
Flaviviridae ( Guzmán
& Kouri 2001).
A dengue
e a dengue hemorrágica
ocorrem em mais de
100 países, com
uma estimativa
anual
de 50 milhões
de infecções,
além
de mais
de 2,5 bilhões
de pessoas em risco
de contaminação (WHO
2002).
A prevenção
da dengue
consiste em três fatores básicos: controle
vetorial, implementação
de bons sistemas
de vigilância
e desenvolvimento
de vacinas eficazes. Como ainda não
existe nenhuma vacina
validada, o controle
vetorial é muito
importante,
consistindo, principalmente,
na eliminação
de criadouros naturais
e artificiais
dos mosquitos,
além
da aplicação
de inseticidas,
tanto para as larvas
quanto para
os adultos
(Ligon 2005).
Já
foi verificada a resistência
a inseticidas em
populações
de A. aegypti
em diversos estados brasileiros, como São
Paulo, Rio
de Janeiro, Espírito Santo, Paraná,
Sergipe e Alagoas ( Lima et
al. 2003, Macoris
et al.
2003, Braga et
al. 2004, Luna et al.
2004), assim
como em outros
países,
por exemplo, Panamá
e Cuba
( Bisset et
al. 2003, Rodriguez
et al.
2004). Mais especificamente em
relação
a temefós, populações de A. aegypti de
20 municípios
de várias regiões
do Brasil apresentaram resistência,
excluindo-se apenas
a região
Sul
( Donalísio &
Glasser 2002).
Além
disso, a utilização
indiscriminada
de inseticidas
sintéticos
tem contaminado o ambiente
e os organismos
vivos
( Raizada et
al. 2001, Abdollahiet al.
2004, Nakata et al. 2005),
fazendo-se necessário,
portanto,
o desenvolvimento
de produtos com
um menor impacto
ambiental.
Inclusive
para os piretróides, já
foi verificada neurotoxicidade em mamíferos após exposições
agudas ou
subcrônicas (Soderlund et al.
2002, Kolaczinski
&
Curtis 2004, Shafer et
al. 2005).
Diversas plantas
apresentam compostos
inseticidas
capazes
de afetar processos peculiares
às pestes-alvo, perturbando o comportamento
de alimentação,
os reguladores
de crescimento
e o balanço
endócrino
( Balandrin et
al. 1985). Um
exemplo
de composto
de origem
vegetal com atividade
inseticida é o triterpenóide azadiractina,
proveniente da Azadirachta indica
A. Juss.
(Meliaceae) , que
parece ser seletiva, não
mutagênica, rapidamente degradável e com baixa
toxicidade para mamíferos, além
de causar
uma mínima
desordem
para o ecossistema
( Sundaram 1996, Gupta 2004). Já foi
verificada ação
inseticida
de extratos brutos ou moléculas
isoladas de A.
indica em
larvas
de A. aegypti
( Siddiqui et
al.
2000, Wandscheer et
al. 2004).
Portanto,
existe a necessidade
do desenvolvimento
de compostos
inseticidas
seguros
contra
os vetores
da dengue, que
causem um mínimo
impacto
ambiental e com
novos modos
de ação
(WHO 2003). Assim, avaliou-se
a atividade inseticida
de 67 extratos
em larvas
do terceiro
estádio de A. aegypti.
Material e Métodos
Plantas. As amostras foram coletadas no
entorno de Brasília, Distrito
Federal,
entre
2002 e 2005, juntamente
com o botânico
Prof. Dr. José Elias de Paula do Laboratório
de Anatomia Vegetal, Instituto
de Biologia,
Universidade
de Brasília. As exsicatas
estão depositadas no Herbário
(UB) da Universidade
de Brasília.
Preparação dos Extratos. As 29 espécies
utilizadas para o preparo dos 67 extratos testados foram dessecadas,
estabilizadas, pulverizadas e submetidas a um
processo de extração
por maceração
com
hexano (4 x 2
L) seguido de etanol
95% (4 x 2
L) ou
com
hexano (4 x 2
L), diclorometano (4 x 2 L)
e, por fim, solução
hidroalcoólica 80% (4 x 2 L).
Os diferentes
extratos
brutos
foram obtidos após
evaporação
dos solventes
sob pressão
reduzida a 40°C.
Insetos. Para
obtenção das larvas de A.
aegypti, os ovos
foram colocados
em uma bandeja
com 3
L de água
destilada
acrescida de 40 ml de solução
aquosa
de alfafa.
Após a eclosão, que ocorre em cerca
de 24
h, as larvas foram mantidas em água
limpa, a 28
± 5°C,
UR de 70 ± 5%, fotofase de 12 h e alimentadas com
ração para gato autoclavada (30% de
proteína bruta, 10% de extrato etéreo, 4%
de matéria fibrosa, 8% de matéria mineral)
até atingirem o 3º estádio
de desenvolvimento.
Bioensaio. Cada extrato foi testado com
uma concentração
de 500 µg/ml: 10 mg de cada
extrato
foram,
separadamente, dissolvidos em
0.2 ml de
dimetilsulfóxido (DMSO). A seguir, adicionou-se a esta
mistura um volume de
água destilada suficiente para completar 20 ml. Os testes
foram realizados em
placas de Petri. Para o
extrato que
provocou mortalidade
superior
a 90%, novos
testes em concentrações
menores
(250, 125, 62.5, 31.25 e 15.62 µg/ml) foram realizados para
a estimativa da CL50. Como controle, foram
utilizados DMSO e água.
Para cada amostra, dez larvas de
3º estádio
foram testadas
em triplicata.
As larvas
tratadas e o controle
foram mantidos sob
as mesmas condições
da criação.
Os resultados
foram registrados após
24h, considerando-se como
mortas as larvas
que não
reagiram a estímulos
mecânicos
(estimulação por
uma pinça).
Análise Estatística.
A análise
de Probit foi
utilizada para a
estimativa da CL50,
utilizando-se o programa
SPSS – versão
11.5.
Resultados
e Discussão
Dos
extratos
analisados em concentração
de 500 µg/ml
(Tabela
1), apenas o diclorometânico da folha de Kielmeyera
coriacea Mart. (Clusiaceae) causou mortalidade
média superior
a 90% das larvas
testadas.
Verificou-se para K. coriacea, por meio da
análise de Probit, CL50 igual a 112.79
µg/ml (95% LC 52.99 – 309.07). Outros sete extratos provocaram mortalidade média igual ou superior
a
50%: hexânicos da casca
do caule de Talauma
ovata A.St.-Hil. (Magnoliaceae), madeira
da raiz e folha
de Schinus terebinthifolius Raddi
(Anacardiaceae)
e da casca
da raiz
de Matayba guianensis Aubl.
(Sapindaceae),
etanólicos da casca
e da madeira
do caule
de Xylopia emarginata Mart.
(Annonaceae),
e diclorometânico da folha
de S. terebinthifolius.
O
nível
de atividade
larvicida (aproximadamente 50%
de mortalidade
a 500 µg/ml) apresentado por
sete extratos justifica o interesse
nas espécies vegetais em questão.
O valor
potencial
de subprodutos
destas espécies
é ainda
maior
pela possibilidade de realização
de testes sistemáticos
das combinações
de diferentes
métodos
de extração
e partes das
plantas.
Novos paradigmas
de uso e produção
de inseticidas,
como
no Manejo
Integrado de Pragas
(MIP), também
podem alterar substancialmente
o valor relativo
de extratos vegetais com atividades
moderadas associadas a características
como
degradabilidade, efeitos
tóxicos
indesejados, características
do cultivo
da espécie
e mecanismos
de ação.
K. coriacea é
usada popularmente
para o tratamento de esquistossomose, malária
e infecções fúngica e bacteriana. Audi et al.
(2002) verificaram que
o extrato
etanólico da folha
dessa planta
possui efeito
ansiolítico
significativo em ratos,
apesar
de não
apresentar efeito antidepressivo.
Os autores também
sugerem, por
prospecção
fitoquímica, a presença
de flavonóides,
esteróides,
triterpenóides e taninos
nesta espécie.
Cortez et al.
(1998) fracionaram o extrato
diclorometânico das folhas
e do caule
de K.
coriacea, isolando e identificando dez
xantonas, dois
triterpenos e um
bifenil. Ainda
no mesmo trabalho, os autores
verificaram que
quatro
xantonas e o bifenil exibiram atividade
antifúngica
em Cladosporium cucumerinum Ellis &
Arthur,
e outras duas xantonas inibiram o crescimento
de Candida albicans (Robin)
Berkhout.
Deve-se
ressaltar que os
terpenos possuem ampla atividade
inseticida
conhecida
(Viegas Júnior
2003), podendo estas substâncias,
pelo menos em parte,
ser as responsáveis
pela atividade
larvicida observada.
Muitas
meliacinas, triterpenóides com
sabor amargo,
possuem atividade
pesticida e uma das principais
fontes
dessas substâncias
são
plantas
da família
Meliaceae (Viegas Júnior 2003).
Entre elas,
as dos gêneros
Azadirachta e Melia
têm sido intensamente investigadas, inclusive,
sendo verificada ação
larvicida de extratos
brutos ou moléculas
isoladas de A.
indica e Melia azedarach L. em A.
aegypti (Siddiqui et al.
2000, Wandscheer et
al. 2004). Entretanto,
nas duas espécies
dessa família
utilizadas neste estudo, Guarea guidonia (L.)
Sleumer e
Guarea kunthiana A. Juss.,
não
foi observada nenhuma atividade
larvicida em
A. aegypti,
apesar
de terem
aumentado significativamente
a taxa de mortalidade em ninfas
do 4º estádio de Rhodnius
milesi Carcavallo,
Rocha,
Galvão & Jurberg (Hemiptera: Reduviidae) (Coelho
et al. 2006).
Como
observado
por Kao et al.
(2001), extratos
vegetais
devem ser
analisados também
em conjunto, visto que
existe a possibilidade de uma ação
sinérgica ou
aditiva
entre eles. Assim, estudos futuros
poderiam verificar
se tais efeitos
existem entre
os oito extratos
ativos
testados, pois o desenvolvimento
de resistência
é dificultado quando
mais de
um tipo de
pesticida é utilizado ou
quando
há
uma rotatividade
dos mesmos (Flores
et al. 2001). Ainda,
sugere-se que
o extrato diclorometânico
da folha de K. coriacea seja
quimicamente fracionado e biomonitorado, isolando as substâncias ativas, pois
podem ser
úteis na busca
por novos compostos naturais inseticidas, mais seletivos
e biodegradáveis,
sobre larvas
do mosquito A. aegypti.
Agradecimento
Agradecemos
à Profa Diana Gonçalves Simões e
Daniel Diniz pela revisão do manuscrito. Também
somos gratos à Diretoria de Vigilância Ambiental
do Distrito Federal por ceder as larvas e o laboratório
utilizados para a realização dos experimentos.
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