BioAssay 5:3 (2010) | ISSN: 1809-8460 |
CONTROLE BIOLÓGICO |
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Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. in vitro Natalia
Ramos Mertz1,
Luís F. Angeli Alves2, Angelina M
Marcomini3, Daian G.
Pinto de Oliveira3, Juliana C. dos Santos4 1Universidade
Federal de Lavras – UFLA; Depto. de Entomologia, Lab. de
Conservação de Inimigos Naturais, CP 3037,
37200-000, Lavras, MG, nataliamertz@bol.com.br;
Enviado em: 21/IX/2008 Aceito em: 29/IV/2009; Publicado em: 07/XII/2010 Effect of Natural Phytosanitary Products on Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. in vitro ABSTRACT
- The associated use of natural
products with entomopathogenic fungi can be an efficient strategy to
pest and
disease control and to reduce the environmental impacts, however, these
products can act adversely against the fungi, affecting its vegetative
growth, conidiogenesis,
viability and
pathogenicity. In view of the above, were evaluated the in
vitro effects of the commercial products Agro-mos®,
Ecolife® and Dalneem®
(concentrations 0.25; 0.5; 1; 2 and
4%) and the plant extracts of Curcuma
longa (Zingiberaceae),
Cymbopogon citratus and Cymbopogon nardus (Poaceae) (1; 5; 10;
15 e 20%) against Beauveria bassiana,
which were mixed in a Potato Dextrose Agar (PDA) medium, into Petri
dishes.
Were verified the micelial growth, the conidiogenesis and the conidia
viability, besides the fungi pathogenicity, when produced in contact
with these
products, against Galleria mellonella (Lepidoptera:
Pyralidae) caterpillars. The commercial products affected all the
parameters,
being toxic in all concentrations and the plant extracts reduced the
viability
in at least 50% when compared to the control. Curcuma
longa was compatible to fungi in the 1% concentration, Cymbopogon citratus was compatible until
15% and Cymbopogon nardus until 10%
and all of them did not affect the fungi virulency. The results prove
the
necessity of such studies in order to do not affect the action of
biological
control agents.
Key words - compatibility, entomopathogenic fungi, plant extracts, Curcuma longa, Cymbopogon spp. RESUMO - A utilização conjunta de produtos de origem natural com fungos entomopatogênicos pode ser uma estratégia eficiente para o controle de pragas e doenças e reduzir danos ambientais. Contudo, estes produtos podem atuar negativamente sobre o fungo, afetando o seu crescimento vegetativo, produtividade e germinação de conídios, e até sua virulência. Com isso, foram avaliados in vitro os efeitos dos produtos comerciais Agro-mos®, Ecolife® e Dalneem® (concentrações 0,25; 0,5; 1; 2 e 4%) e dos extratos das plantas cúrcuma (Curcuma longa) (Zingiberaceae), capim-limão (Poaceae) (Cymbopogon citratus) e citronela (Cymbopogon nardus) (1; 5; 10; 15 e 20%) sobre Beauveria bassiana, sendo os produtos e extratos adicionados ao meio Batata Dextrose Agar (BDA), em placas de Petri. Foram avaliados o crescimento vegetativo, produtividade e germinação de conídios e a virulência do fungo produzido em contato com os produtos, contra lagartas de Galleria mellonella (Lepidoptera: Pyralidae). Os produtos comerciais afetaram todos os parâmetros, sendo tóxicos em todas as concentrações e os extratos de plantas reduziram a viabilidade em, no mínimo, 50% comparado à testemunha. A cúrcuma foi compatível ao fungo na menor concentração, sendo o capim limão compatível até 15% e a citronela até 10%, e ambos não afetaram a virulência do fungo. Os resultados comprovam a necessidade de estudos dessa natureza de forma a não comprometer a ação de agentes de controle biológico.Palavras-chave - compatibilidade, fungo entomopatogênico, extratos vegetais, Curcuma longa, Cymbopogon spp. No
Brasil, o aumento da produtividade agrícola nos sistemas de
cultivo
convencional se deve, principalmente, a
utilização de produtos agrotóxicos e
fertilizantes químicos sintéticos.
Porém, a intensiva utilização e a
aplicação
inadequada desses produtos vêm causando problemas ambientais,
tais como a
seleção de fitopatógenos, plantas
invasoras e de insetos-praga resistentes
(Keinath 1998, Diez-Rodríguez & Omoto 2001, Branco et al. 2003, Roman et
al.
2004), além do empobrecimento do solo e danos à
saúde dos produtores e
consumidores.
A ocorrência desses
problemas e a crescente exigência do mercado por produtos
“ambientalmente
corretos” têm feito muitos agricultores adotarem
alternativas naturais e menos
nocivas ao meio ambiente para o controle de doenças e pragas
(Agrianual 2001). Dentre as
alternativas para o controle de fungos
fitopatogênicos, estão a
utilização de extratos vegetais, como
cúrcuma (Curcuma
longa Linn.)
(Zingiberaceae) (Saju et al.
1998, Singh & Rai 2000), capim-limão (Cymbopogon
citratus Stapf.) (Fiori et al. 2000,
Souza et al. 2002)
e citronela (C. nardus Watson)
(Poaceae) (Anthony et al. 2004).
Além de produtos comerciais naturais compostos por
extratos cítricos ou microrganismos, que podem ativar os
mecanismos de defesa
nas plantas tratadas ou possuir atividade antimicrobiana direta
(Stangarlin et al. 1999,
Cavalcanti et al. 2006, Santos et al. 2007). Para o
controle alternativo de insetos-praga,
destacam-se as plantas da família Meliaceae, como o nim (Azadirachta indica A. Juss.), cujo
extrato possui ação inseticida
comprovada sobre pragas como Bemisia
tabaci Gennadius (Hemiptera:
Aleyrodidae) (Souza & Vendramin 2000), Tuta
absoluta Meyrick (Lepidoptera: Gelechiidae) (Trindade et al. 2000) e Spodoptera
frugiperda Smith (Lepidoptera: Noctuidae) (Prates et al. 2003). Os fungos
entomopatogênicos possuem também grande
importância para o controle populacional de pragas, com
destaque para Beauveria bassiana
Bals. Vuil., o qual
tem se mostrado eficiente para diversas pragas agrícola,
como Bemisia tabaci Genn.
(Hemiptera:
Aleyrodidae) (Vicentini et al.
2001),
os ácaros Tetranychus urticae Koch
(Acari: Tetranychidae)
(Tamai et al. 1999) e Oligonychus yothersi McGregor (Acari:
Tetranychidae) (Oliveira et al. 2002),
Hypothenemus hampei Ferrari
(Coleoptera: Scolytidae) (Neves & Hirose 2005) e Diatraea
saccharalis Fabricius (Lepidoptera: Crambidae) (Oliveira et al. 2008). Todas
estas
alternativas não químicas para o controle de
pragas e doenças têm papel
importante no Manejo Integrado de Pragas (MIP). No entanto, os produtos
fitossanitários naturais devem ser seletivos tanto aos
fungos entomopatogênicos
que ocorrem naturalmente, quanto aos que são introduzidos, a
fim de conservar
sua viabilidade para o controle de insetos (Hirose et
al. 2001, Oliveira et al.
2003). Nesse sentido, os estudos acerca da compatibilidade entre
produtos
fitossanitários e fungos entomopatogênicos passam
a ser de grande importância
em MIP (Silva & Neves 2005). Contudo, poucos estudos visam
avaliar as
alterações em diferentes variáveis de
desenvolvimento de entomopatógenos,
causadas pela utilização conjunta destes com
produtos naturais, mesmo esta sendo
uma prática de interesse dos produtores que visam o controle
eficiente das
pragas e doenças com o mínimo impacto ambiental. Assim,
este trabalho
teve por objetivo estudar, o efeito
de produtos fitossanitários naturais, comerciais ou
não, sobre o desenvolvimento
do fungo entomopatogênico B.
bassiana
em condições de laboratório. Material e Métodos
O
fungo utilizado
foi o isolado Unioeste 4 de B. bassiana
(isolado de Alphitobius diaperinus Panzer,
Coleoptera: Tenebrionidae),
obtido no banco de patógenos do Laboratório de
Zoologia de Invertebrados da
UNIOESTE, cultivado pelo método de placa cheia em meio de
esporulação (M.E.) e
incubado por oito dias em câmara climatizada (26 ±
1°C e 12h de
fotofase) (Alves et al. 1998b).
Após
este período, o fungo foi recolhido e transferido para um
tubo de vidro, onde
se adicionaram 10 mL de água destilada estéril
com espalhante adesivo Tween®
80 (0,01%) para que fosse realizada a
quantificação em câmara de Neubauer e
padronização da
concentração de conídios (Alves
& Moraes 1998). Os tratamentos com as diferentes concentrações de produtos comerciais e extratos de plantas, utilizados como indutores de crescimento, inseticidas, fungicidas e/ou repelentes naturais estão expressos na Tabela 1. Preparação
dos meios de cultura. Os produtos
comerciais foram adicionados em diferentes
proporções (0,25; 0,5; 1; 2 e 4%) ao
meio de cultura BDA (batata, ágar e dextrose)
estéril não solidificado
(45-50ºC), em frascos de vidro, sendo agitados para
homogeneização dos
componentes. Em seguida, adicionou-se o antibiótico sulfato
de estreptomicina
(0,1%) e então os meios foram vertidos nas placas de Petri.
Cada tratamento
constou de quatro repetições, contendo uma placa
cada repetição. As folhas
das diferentes plantas foram trituradas juntamente
com o caldo de batata, na quantidade em gramas necessária
para se obter as
diferentes concentrações (1; 5; 10; 15; e 20%). O
líquido foi filtrado e a ele
adicionaram-se a glicose e o ágar, que foram homogeneizados
e, em seguida,
esterilizados. Posteriormente, adicionou-se sulfato de estreptomicina
(0,1%) e
verteu-se o meio, como descrito anteriormente. Para a testemunha foram
preparadas placas de Petri contendo apenas meio de cultura BDA. Crescimento vegetativo e produção
de conídios. Em todos os tratamentos realizou-se o
mesmo
procedimento, sendo inoculados, no centro de cada placa, 50µL
de suspensão
contendo 5×107 conídios de B.
bassiana. As placas foram incubadas a 26 ± 1oC
e 12 h
de fotofase, por oito dias. Para a avaliação de
crescimento vegetativo foram
realizadas duas medições perpendiculares na
área onde o fungo cresceu,
obtendo-se o diâmetro médio das colônias
dos tratamentos. Para a estimativa da
produção de conídios, as
colônias foram recortadas e cada uma foi transferida
para um tubo de vidro contendo 10 mL de água destilada
esterilizada com
espalhante adesivo Tween® 80 (0,01%). Os
conídios foram removidos
por agitação durante 1 minuto. A
suspensão obtida foi subseqüentemente
diluída
e quantificada em câmara de Neubauer.
Os dados obtidos nas avaliações destes parâmetros foram submetidos ao cálculo compatibilidade, de acordo com a fórmula proposta por Alves et al. (1998a) para classificação do efeito de produtos químicos sobre fungos entomopatogênicos em testes in vitro, onde: Germinação de conídios. O meio com os diferentes tratamentos foi vertido em placas de plástico de Teste de patogenicidade. Para este teste, utilizaram-se
apenas os tratamentos que foram considerados compatíveis com
o fungo pelo
cálculo de compatibilidade. Conídios do fungo
foram inoculados pelo método de
placa cheia nas placas de Petri contendo o meio BDA com os tratamentos.
Após
oito dias de incubação (a 26 ± 1oC
e 12 h de fotofase), os conídios
foram recolhidos e transferidos para tubos de vidro contendo 10 mL de
água
destilada esterilizada com espalhante adesivo Tween®
80 (0,01%). As
suspensões obtidas foram homogeneizadas,
diluídas, quantificadas em câmara de
Neubauer, e padronizadas em concentrações de
1×108 conídios/mL. Lagartas
de 5o
ínstar de Galleria mellonella L.
(Lepidoptera: Pyralidae) foram utilizadas como inseto-teste, colocadas
em
recipientes plásticos descartáveis onde foram
imersas em 1 mL de suspensão de
conídios, sendo agitados manualmente por 30 segundos. Na
testemunha, as
lagartas foram imersas em solução aquosa de
espalhante adesivo Tween®
80 (0,01%). Em seguida, os insetos foram transferidos para placas de
Petri
contendo papel filtro e dieta. As placas foram colocadas em recipientes
plásticos contendo algodão umedecido, e estes
mantidos em 26 ± Análise estatística.
Os dados foram transformados, quando necessário, e
submetidos à análise de variância
(teste F) e as médias foram comparadas pelo
teste de Tukey (P≤0,05), utilizando o programa Sisvar (Ferreira
1992). Para avaliação
da correlação (ρ)
foi utilizado o
programa Microsoft Excel®. Resultados e Discussão Produtos comerciais. Observou-se
redução em todas as variáveis
avaliadas nos tratamentos
com produtos comerciais, sendo que diferiram da respectiva testemunha.
Além
disso, observou-se, através da análise de
correlação, que o efeito destes
produtos sobre a atividade do fungo está inversamente
relacionado à
concentração dos produtos (Tabela 2). Os produtos Agro-mos® e Ecolife® quando adicionados ao meio de cultura nas menores concentrações (0,25 e 0,5%) causaram reduções no crescimento vegetativo (Agro-mos®: F = 970,52; gl = 5, 18; P < 0,05; Ecolife®: F = 439,52; gl = 5, 18; P < 0,05), produção de conídios (Agro-mos®: F = 275,05; gl = 5, 18; P < 0,05; Ecolife®: F = 277,01; gl = 5, 18; P < 0,05) e germinação de conídios (Agro-mos®: F = 143,18; gl = 5, 12; P < 0,05; Ecolife®: F = 130,62; gl = 5, 12; P < 0,05), e nas maiores concentrações (1, 2 e 4%) ocasionaram inibição total do fungo (Tabela 2). O efeito
negativo de Agro-mos® provavelmente
está associado à presença do cobre a
6%
p/p em sua composição, o qual possui
ação fungicida, uma vez que estudos
realizados in vitro comprovaram
que
produtos fitossanitários à base de cobre foram
muito tóxicos a B. bassiana (Tamai
et al. 2002, Almeida et al.
2003). O produto
Ecolife® é composto por
bioflavonóides, fitoalexinas cítricas,
polifenóis e ácidos orgânicos. O efeito
fungicida pode estar relacionado à
ação
das fitoalexinas, que são compostos antimicrobianos,
sintetizados e armazenados
nas plantas (Paxton 1981), cujo modo de ação
sobre fungos envolve
desorganização dos conteúdos
citoplasmáticos, ruptura da membrana
citoplasmática e inibição de enzimas
fúngicas (Lo et al.
1996). Outro
fator a ser considerado é o pH muito baixo do
Ecolife®, que na forma pura
é 2,0 e quando misturado ao meio de cultura faz com que o pH
deste passe de
aproximadamente 7,0 para valores inferiores (5,6; 5,1; 4,8; 4,4 e 4,
respectivamente, para as concentrações de 0,25;
0,5; 1; 2 e 4% do produto).
Considerando que o pH ótimo para o desenvolvimento de B. bassiana está entre 5,0 e
8,0 (Hallsworth & Magan 1996),
provavelmente este fator possa ter contribuído para a
diminuição no
desenvolvimento do fungo, à medida em que se aumentavam as
concentrações do
produto.
Estudos semelhantes mostraram que o fungo Colletotrichum
lagenarium Pass.,
causador da antracnose foi afetado em 70% do seu crescimento micelial,
96% da
esporulação e 100% da
germinação dos esporos pela presença
de 0,5% de Ecolife® no meio de cultura
(Motoyama et al. 2003). Da mesma
forma, observou-se o efeito deste produto
sobre o crescimento micelial de Phoma costarricensis Ech.
nas
concentrações de 0,25 e 0,5%, e tal como aqui,
ocorreu diminuição desta
variável em 50 e 75%, respectivamente (Barguil et al. 2005). Em
relação aos dados obtidos com o fungo produzido
com
o produto Dalneem®, verificou-se que nas
concentrações entre 0,25 e 2%
foram obtidas colônias de mesmo tamanho, sendo em torno de 15
e 20%, menores
que a testemunha, e na concentração 4%, o
crescimento vegetativo foi 38% menor
em relação ao controle (F =
13,39; gl = 5, 18; P < 0,05).
Quanto à produção de
conídios, houve redução gradativa
entre os tratamentos,
variando de 47% na menor a 93% na maior
concentração, quando comparada à
testemunha (F = 102,89; gl = 5, 18; P
< 0,05). A germinação
foi consideravelmente afetada pelo produto, havendo conídios
viáveis apenas nas
duas menores concentrações (0,25 e 0,5%), com
redução de 85 e 92%, em
relação à
testemunha (F = 120,90; gl = 5, 12; P
< 0,05). Quando
adicionado ao meio de cultura nas concentrações
de 2 e 4%, o produto Dalneem® permitiu
crescimento de colônia, mas não a
germinação
de conídios. Esse fato pode estar relacionado ao efeito
fungistático do
produto, o qual retardou a germinação dos
conídios. Hirose et al.
(2001), utilizando 2% de óleo de
sementes de nim e B. bassiana,
mostraram redução de 36,6% do crescimento
vegetativo, 84,9% na produção de
conídios e 25% de redução na
germinação dos conídios. Da mesma
forma, Marques et al. (2004)
observaram que o produto
NIM-I-GO® (à base de o
óleo de sementes de nim), em
concentrações de 0,32 e 5%, inibiu a
produção de conídios de B.
bassiana em 88,6 e 96,6%,
respectivamente, porém, ao contrário do
observado, nenhuma das concentrações
avaliadas afetou a germinação dos
conídios. Os
resultados apresentados por estes autores quanto ao
crescimento vegetativo e produção de
conídios foram semelhantes aos obtidos
neste trabalho, porém houve grande divergência
quanto à germinação dos
conídios, sendo que tais autores observaram pouca
influência dos produtos sobre
a germinação e no presente trabalho a
germinação foi muito afetada. Talvez esta
divergência se deva às
variações nos teores de azadirachtina nos
diferentes
produtos, sendo que ela possui ação
fungitóxica (Sidhu et al.
2004) e não ocorre esta padronização
nas formulações à base
de nim (Brito et al. 2006). Outro
fator que pode influenciar diferenças entre os
trabalhos que visam estudar os efeitos dos produtos sobre fungos
é falta de
padronização na metodologia para a
realização de testes de compatibilidade
(Silva & Neves 2005). Neste
sentido, pode-se citar a
divergência dos resultados obtidos neste trabalho com os
obtidos por Dipieri et al. (2005),
os quais constataram que
o produto Dalneem®, nas
concentrações 0,5 e 1%, reduziu em 49,8 e 53,1%,
respectivamente o crescimento vegetativo do fungo, 49,8 e 66,3% a
produção de
conídios e não afetou a
germinação. Esta discordância entre os
resultados
provavelmente ocorreu devido as diferentes metodologias adotadas para a
realização dos testes. Para a
inoculação do fungo nos meios de cultura contendo
os tratamentos (para a avaliação de crescimento
vegetativo e produção de
conídios) os autores o fizeram por meio de
micélios em discos de BDA, e para a
avaliação da germinação dos
conídios foram utilizadas lâminas
microscópicas que
continham uma camada de BDA e conídios, incubadas por 20
horas. Verificou-se também que nenhum dos produtos comerciais foi considerado compatível quanto à toxicidade a B. bassiana (Tabela 3). Os
produtos Agro-mos® e Ecolife®
foram classificados como muito tóxicos ao
entomopatógeno, enquanto Dalneem®,
nas concentrações 0,25 e 0,5%, foi classificado
como
moderadamente tóxico e tóxico, respectivamente, e
nas concentrações mais
elevadas, muito tóxico. Porém,
deve-se levar em consideração que os
experimentos foram conduzidos expondo ao máximo o fungo
à ação dos produtos,
situação esta que não acontece em
condições de campo, de forma que a alta
toxicidade in vitro pode
não se
repetir no campo, mas mostra a possibilidade de ocorrência,
sendo necessário realizar
ensaios em tais condições (Alves et
al.
1998a, Neves et al. 2001). Extratos não comerciais. Os extratos de cúrcuma, citronela e capim-limão, causaram redução em algumas das variáveis avaliadas de B. bassiana, porém, nenhuma das plantas inibiu totalmente o fungo, mesmo nas maiores concentrações (Tabela 4).
O extrato de cúrcuma na concentração
1% inibiu o
crescimento vegetativo em 19,6%, comparado à testemunha,
não ocorrendo maiores
alterações no tamanho de colônia ao se
aumentar as quantidades do extrato,
chegando ao máximo de 33% de inibição
no tratamento 20% (F = 22,67; gl =
5, 18; P < 0,05). A
produção de conídios não
foi afetada com a
concentração 1%, porém, nas demais foi
consideravelmente reduzida, chegando a
90% de inibição no tratamento 20% (F
= 100,76; gl = 5, 18; P <
0,05). A germinação dos conídios foi a
variável mais afetada, observando-se
diminuição de 50% na
concentração mais baixa da planta e 90% na maior,
se
comparado com o controle (F = 82,08; gl = 5, 12; P
< 0,05). A
cúrcuma possui ação comprovada contra
vários fungos
fitopatogênicos (Saju et al.
1998,
Singh et al. 2002), que
são
consideravelmente afetados em algumas variáveis, como o
crescimento vegetativo,
sendo os efeitos mais severos em relação aos
observados no presente trabalho.
Ressalta-se, porém, que desconhecerem-se relatos sobre o
efeito desta planta sobre
fungos entomopatogênicos. Contudo,
estudos realizados mostraram que 10% do
rizoma em meio de cultura provoca a redução de
70% do crescimento vegetativo do
fungo Helminthosporium oryzae Breda
de Hann, bem como 1% de extrato inibe 61% do crescimento vegetativo de Fusarium oxysporum Schltdl. e Rhizoctonia solani Kuhn, sendo todos
fungos fitopatogênicos pertencentes à mesma classe
que B. bassiana, Hyphomycetes, o
que, de certa forma, pode corroborar
com os resultados aqui obtidos (Harish et
al. 2004, Amaral & Bara 2005). Quanto ao
capim-limão, sua ação reduziu em 20 e
37% o
crescimento vegetativo nas concentrações 1 e 20%,
respectivamente, se comparada
à testemunha (F = 42,99; gl = 5, 18; P
< 0,05). O extrato da
planta, nas concentrações entre Os estudos
relacionados às atividades de capim-limão
revelam atividade bactericida (Cimanga et
al. 2002, Ordóñes et
al. 2004),
repelente a insetos (Oyedele et al.
2002), inseticida (Cavalcanti et al.
2004) e fungicida para fungos fitopatogênicos (Paranagama et al.
2003,
Herath & Abeywickrama 2008), sendo que na maioria utilizou-se o
óleo
essencial da planta para a realização dos testes,
e assim como a cúrcuma, são
escassos os estudos sobre a atividade da planta sobre fungos
entomopatogênicos.
Porém,
ao comparar os resultados obtidos por Fiori et
al. (2000) ao avaliar os efeitos de
extrato bruto de capim-limão sobre o fungo Didymella
bryoniae Auersw. Rehm, causador de doenças em
cultivo de melão, observou-se
que este patógeno é menos
suscetível
ao extrato de capim-limão que B. bassiana,
já que a concentração
20% inibiu apenas 31% a produção de
conídios do fitopatógeno, apesar de ambos
pertencerem ao mesmo grupo Deuteromycota. Em relação
à citronela,
houve redução de 25,8% no crescimento vegetativo
no meio contendo 1% e 10% do
seu extrato, em relação à testemunha.
Contudo, a diferença não foi
verificada na concentração de 5%. Nas outras
concentrações, o crescimento foi afetado, com
redução de 23 a 53% em
relação à
testemunha (F = 101,07; gl = 5, 18; P
< 0,05). A produção de
conídios aumentou 42% no tratamento 1%, em
relação ao controle, além disso, as
concentrações 5 e 10% não inibiram a
produção de conídios, havendo efeito
negativo somente nas concentrações 15 e 20% (F
= 116,18; gl = 5, 18; P
< 0,05). Quanto à germinação,
no tratamento 1% houve uma queda de 52%
comparando-se ao controle, mas não houve
diferença significativa entre as
demais concentrações, já que a
redução permaneceu em torno de 75% (F
=
148,32; gl = 5, 12; P < 0,05). O aumento
da produção de
conídios quando adicionado o extrato bruto da citronela na
concentração 1% pode
ter ocorrido pelo aproveitamento de algum componente da planta, que em
determinada quantidade pode ser metabolizado como nutriente pelo fungo,
conforme observaram Tamai et al. (2002), testando in
vitro o
efeito de alguns produtos fitossanitários
sintéticos sobre B. bassiana. Além
disso, Billerbeck et al. (2001) constataram que
o óleo
essencial de citronela é capaz de
interferir a função das enzimas
responsáveis por sintetizar células estruturais
do fungo Aspergillus niger V. Tieg.
(pertencente ao mesmo grupo
Deuteromycota de B. bassiana), o que ocasionou distúrbios no seu
crescimento. No entanto, pouco se sabe sobre o seu efeito
sobre
organismos não-alvo, como os fungos
entomopatogênicos. Observou-se também, que todos os extratos, nas menores concentrações foram compatíveis ao fungo, contudo, todos foram muito tóxicos ao fungo na maior concentração (Tabela 5). O
estímulo na produção de
conídios pela citronela nas
duas menores concentrações, e a
atribuição de 80% do valor da fórmula
para esta
variável, resultaram em valores de T acima de 100,
explicando assim a
compatibilidade com o fungo. Tal como
mencionado para os produtos comerciais, a ocorrência de
compatibilidade em experimentos in vitro,
nos quais extratos de planta e fungo foram expostos ao
máximo de contato,
garantem a mesma relação em campo, onde o contato
entre eles é menor. Por outro
lado, a incompatibilidade in vitro
pode não se repetir em condições de
campo (Alves et al. 1998a). Ao se
comparar os efeitos dos produtos e das plantas
sobre B. bassiana pelo
cálculo de
toxicidade, nota-se que, de modo geral, as plantas foram menos
tóxicas ao fungo
que os produtos comerciais, já que estes não
apresentaram compatibilidade.
Possivelmente este fato tenha ocorrido devido à maior
concentração de
diferentes princípios ativos ou presença de
certos ingredientes das formulações
comerciais, como estabilizantes e emulsificantes, que podem afetar o
entomopatógeno (Batista et al. 1998).
Neste
sentido, estudos comprovaram que quantidades
iguais de diferentes formulações de sementes de
nim diferem quanto à
compatibilidade a B. bassiana (Dipieri
et al. 2005). Em outro
trabalho,
Tamai et al. (2002) observaram que
inseticidas sintéticos de diferentes fabricantes, com a
mesma composição de
ingredientes ativos, levaram a diferença na toxicidade para B. bassiana, fato que, segundo os
autores, não se deve à
concentração do princípio ativo, mas
sim a outros
constituintes de cada formulação. Outra
questão que deve ser considerada é o fato da
fórmula de toxicidade não levar em conta a
germinação, atribuindo valores apenas
para a produção de conídios
e crescimento vegetativo. Apesar de o crescimento vegetativo ser
importante
para a colonização do hospedeiro e a
produção de conídios ser
responsável pela
transmissão vertical do fungo (Alves et
al. 1998a), a germinação deve ser
igualmente considerada, já que havendo
inibição da germinação dos
conídios (como no caso dos produtos comerciais),
conclui-se que o fungo afetado não irá penetrar
no inseto, não ocorrendo o
desenvolvimento da doença, o que evidencia a necessidade de
revisão do cálculo
para que passe a levar em consideração tal
variável. Em relação ao teste de patogenicidade, constatou-se que os tratamentos considerados compatíveis à B. bassiana não afetaram a atividade do fungo (F = 18,23; gl = 9, 30; P < 0,05) (Tabela 6). Observou-se
que os tratamentos compatíveis causaram
pequena redução no crescimento vegetativo do
fungo, sem afetar a produção de
conídios e a atividade inseticida, havendo ainda
estímulo para a primeira, nos
tratamentos com citronela 1 e 5%. Tais extratos de plantas, quando em
contato
máximo com o fungo, apresentaram em laboratório
um efeito desejável em campo, a
maximização da sua conidiogênese, sem
redução da sua eficiência no controle
de
insetos. Com isso, mais estudos devem ser realizados relacionando os extratos de plantas e B. bassiana, principalmente com os de citronela, a fim de garantir se estes causam os mesmos efeitos observados em diferentes condições de contato com o fungo. Além disso, deve-se levar em consideração a importância da realização de experimentos que reproduzam ao máximo as condições de campo, pois só desta forma é que se pode observar o real efeito dos produtos ou plantas sobre os inimigos naturais. Agradecimentos
Aos professores da Universidade Estadual do Oeste do
Paraná, José R. Stangarlin pelo material e
metodologia cedidos, e Fabiana G. S.
Pinto pela colaboração no desenvolvimento do
trabalho.
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